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04/07/2025 • ASG / ESG
Seguro e Meio Ambiente: o Protocolo de 2009 e os desafios para um futuro sustentável
Em 2009, o então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, conhecido por sua trajetória de militância ambiental, acompanhou um passo histórico para o setor segurador brasileiro. Em setembro daquele ano, foi assinado o Protocolo de Intenções para a promoção de ações ambientais entre a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e Espírito Santo e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Esse protocolo marcou o início da incorporação estruturada do conceito de sustentabilidade nas operações de seguros, estabelecendo diretrizes para práticas mais responsáveis e com foco na preservação ambiental.
Como disse Carlos Minc na época:
“Não somos mais o ‘primo chato’ da Esplanada. O Meio Ambiente hoje é ouvido em diversas instâncias governamentais. Esta conquista levou anos e hoje não somos mais os últimos a serem consultados”
Ele destacou ainda o avanço no monitoramento por satélite dos biomas brasileiros, incluindo Amazônia e Cerrado, que passaram a ter maior visibilidade e prioridade nas políticas públicas.
Da COP15 à COP30: evolução das metas climáticas no Brasil
Na COP 15, realizada em Copenhague em 2009, o Brasil se comprometeu a reduzir em 80% as taxas de desmatamento até 2020. Em 2025, o país será sede da COP 30, em Belém (PA), reforçando seu protagonismo nas negociações globais.
Se antes as discussões giravam em torno de conter o desmatamento e reduzir emissões de dióxido de carbono, hoje o debate é ainda mais amplo e urgente. Inclui as consequências já presentes das mudanças climáticas, como eventos extremos mais frequentes, impactos em ecossistemas e efeitos diretos sobre a população.
Desenvolvimento sustentável: da política a prática no campo
Já em 2009, durante a gestão de Carlos Minc, o desenvolvimento sustentável era um dos pilares das discussões globais e um critério crescente para investimentos. A preservação ambiental começou a ser percebida não apenas como custo, mas como estratégia de produtividade e rentabilidade para o setor agropecuário.
Nas palavras do então ministro Carlos Minc:
“Quando o agricultor faz uma queimada, um corte raso de floresta, ele colhe uma boa safra uma ou duas vezes no máximo, e depois abandona a terra arrasada ou precisa de uma fortuna para recuperá-la. Com tecnologias sustentáveis, como o plantio direto e a agrofloresta, ele terá colheita e terra produtiva por muito mais tempo”
Essa lógica segue atual e relevante, diante da necessidade de equilibrar produção e conservação, reduzindo o desmatamento e garantindo segurança alimentar.
Seguros para sustentabilidade: proteção para quem investe no futuro
Hoje, o mercado de seguros acompanha essa evolução e oferece coberturas específicas para apoiar práticas sustentáveis. Entre os principais produtos estão: Seguro Compreensivo de Florestas, Seguro de Responsabilidade Civil Riscos Ambientais e Seguro Pecuário.
Além disso, o conceito de Ambiental, Social e Governança (ASG) ganhou força, orientando investimentos e gerando índices de sustentabilidade empresarial. Isso estimula práticas responsáveis e fortalece a imagem das empresas junto à sociedade e ao mercado.
Preservação ambiental: uma tarefa que vai além do governo
A assinatura do protocolo em 2009 mostrou que a preservação ambiental não é responsabilidade exclusiva do governo. Requer o engajamento de toda a sociedade e de setores estratégicos da economia.
Ao integrar a sustentabilidade em seus produtos e operações, o mercado segurador demonstra que proteger o meio ambiente pode ser ao mesmo tempo essencial para o planeta e viável para os negócios. Um compromisso que, iniciado em 2009, continua a evoluir — e precisa se fortalecer ainda mais para enfrentar os desafios climáticos atuais e futuros.
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