19/02/2025 ASG / ESG

De 1981 a 2025: a crescente importância dos recursos naturais e da energia no setor segurador

  • A escassez de recursos naturais e energéticos é uma preocupação há décadas. Na Revista de Seguros de janeiro de 1981, uma matéria sobre os desafios dos anos 2000 relata a aflição em relação à preservação dos recursos naturais
  • Naquela época, nos últimos 25 anos, a humanidade já havia consumido mais energia do que toda a sua História

Hoje, após o dobro de tempo, o consumo de energia aumentou gradativamente, impulsionado por fatores como crescimento populacional, urbanização e maior acesso a bens de consumo

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o consumo de energia elétrica no primeiro mês de 2025 teve uma estimativa de crescimento de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento também se deve à grande demanda gerada pela atividade econômica no Brasil.

Como a transição energética impacta o setor segurador?

Durante a Revolução Industrial, o carvão foi a principal fonte de energia. No século XX, foi substituído pelo petróleo e pelo gás natural. Até o início dos anos 2000, cientistas de todo o mundo estavam empenhados em buscar alternativas energéticas, assim como novas matérias-primas disponíveis.

Naquela época, a solução para a escassez de recursos naturais era o racionalismo e a colaboração da sociedade. Hoje, com os avanços tecnológicos, fontes de energia renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica, vêm se consolidando constantemente e gerando debates importantes sobre sustentabilidade e mudanças climáticas

Essa e outras histórias do seguro no Brasil você pode conhecer visitando o site do Centro de Documentação e Memória do Mercado Segurador (CEDOM)

Sustentabilidade e inovação: o futuro do mercado segurador

As seguradoras já tinham consciência de uma responsabilidade social. Com isso, a necessidade da preservação do meio ambiente, a propagação de igualdade social e a organização corporativa tornam-se questões urgentes. Dessa forma, ESG/ ASG são práticas sustentáveis e responsáveis que têm como objetivo tornar as empresas mais comprometidas com as questões ambientais, sociais e governamentais, garantindo um desempenho financeiro mais sólido e uma maior capacidade de recuperação em situações de crise.

Nessa perspectiva, as seguradoras passaram de uma abordagem tradicional para uma mais sustentável, aderindo a modelos de seguros voltados para a preservação do meio ambiente, como Seguro Agrícola, o Seguro Florestal e o Seguro de Responsabilidade Civil Riscos Ambientais, entre outros. Além disso, incentivam práticas mais sustentáveis, como descontos para empresas que adotam energia limpa e seguros que estimulam a adoção de tecnologias verdes. Dessa forma, contribuindo para a preservação dos recursos naturais ainda disponíveis.

Mudanças climáticas e o papel do seguro

Por mais que as inovações e tecnologias tenham evoluído desde 1981, com o uso de big data, inteligência artificial e modelagem climática para prever e mitigar desastres ambientais, as seguradoras já enfrentam os impactos das mudanças climáticas. Por exemplo, eventos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, resultaram no pagamento de cerca de R$ 6 bilhões em indenizações, evidenciando o impacto dessas mudanças e reafirmando a necessidade de seguros especializados.

Com o aumento dos desastres naturais no Brasil e no mundo, o setor segurador busca avançar e expandir suas proteções, além de propagar a cultura da sustentabilidade. Para isso, investe na criação de apólices de seguro mais abrangentes, amparar diferentes adversidades climáticas. Além disso, trabalha para oferecer um cenário mais claro sobre os riscos e desenvolver produtos que atendam às emergências dos brasileiros

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