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28/10/2025 • ASG / ESG
Furacão Melissa expõe vulnerabilidade global e reforça urgência de proteção por meio do seguro
Eventos extremos como o furacão Melissa mostram que a natureza dos riscos mudou. Hoje, as perdas humanas e materiais são agravadas pela ausência de preparo financeiro. Seguros contra catástrofes - antes vistos como produtos distantes - tornam-se instrumentos de sobrevivência econômica e social. A proteção securitária não evita o desastre, mas mitiga seus efeitos, garantindo que famílias, empresas e governos tenham recursos para se reerguer. Em um planeta cada vez mais vulnerável, resiliência e seguro caminham juntos - e investir em ambos é investir no futuro
- O furacão Melissa, de categoria 5, o nível mais alto da escala Saffir-Simpson, avança com força máxima em direção à Jamaica, despertando o alerta mundial para os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de proteção financeira diante de desastres naturais
- Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), os ventos sustentados chegaram a 265 km/h nesta segunda-feira (horário de Nova York). É o primeiro furacão dessa intensidade a atingir diretamente a Jamaica desde o início dos registros meteorológicos, em 1851. As previsões indicam enchentes catastróficas, elevação do nível do mar e ventos destrutivos durante toda a noite
Furacão Melissa: risco extremo e impacto humanitário
Mesmo que Melissa perca parte da força, o risco se mantém.
“Não há diferença prática entre Melissa atingir a Jamaica como categoria 4 ou 5”, alertou o NHC.
O meteorologista Jack Beven reforçou a orientação:
“Não saiam de seus abrigos seguros. Enchentes súbitas e deslizamentos de terra catastróficos e com risco de morte são prováveis entre hoje e terça-feira”
Com ventos capazes de arrancar árvores e destruir casas, a tempestade ameaça deixar milhares sem energia por semanas. A cerca de 230 km de Kingston pela manhã, o furacão pode provocar até 76 cm de chuva em algumas regiões.
O governo jamaicano abriu mais de 800 abrigos e mobilizou equipamentos pesados para desobstruir estradas após a passagem da tormenta.
Prejuízos econômicos e papel do seguro com o Furacão Melissa
Os prejuízos econômicos estimados variam de US$ 5 bilhões a US$ 16 bilhões, conforme Chuck Watson, da Enki Research.
Em Cuba, as perdas adicionais podem chegar a US$ 5 bilhões.
Esses números não são apenas estatísticas: são lembretes da relevância das coberturas securitárias específicas para eventos catastróficos. O aumento na frequência e severidade dos desastres naturais pressiona o mercado de resseguros e desafia as carteiras de riscos climáticos, sobretudo em regiões como o Caribe e a América Central.
Sem seguro, o impacto financeiro sobre famílias, empresas e governos pode ser devastador.
Com ele, há capacidade de reconstrução, estabilidade e continuidade econômica, elementos essenciais em tempos de instabilidade climática.
Melissa: um furacão histórico
- O pesquisador Phil Klotzbach, da Universidade Estadual do Colorado, lembra que o último grande furacão a atingir a Jamaica foi o Gilbert (1988), de categoria 4, com ventos de 213 km/h
- Melissa é o terceiro furacão de categoria 5 do Atlântico em 2025, depois de Erin e Humberto, e vem em uma temporada já marcada por uma média acima do normal de eventos intensos
- Com quatro grandes furacões até outubro, 2025 já supera a média histórica
A última vez em que mais de dois furacões de categoria 5 se formaram em um mesmo ano foi em 2005, o ano do devastador Katrina
Alerta climático global com o Furacão Melissa
O avanço lento de Melissa amplia o potencial destrutivo: quanto mais devagar o sistema se move, mais chuva e inundações provoca.
O aquecimento global intensifica esse fenômeno, pois o aumento da temperatura permite que a atmosfera retenha mais umidade, ampliando a força das tempestades.
Melissa pode empurrar uma parede d’água de até quatro metros sobre áreas costeiras — e metade das mortes causadas por furacões decorre de afogamentos.
Watson resume o cenário:
“Todos os cenários, exceto algum tipo de intervenção divina, parecem devastadores neste momento”
⚠️ Furacão Melissa: regiões sob alerta
- Além da Jamaica, há alertas de furacão para:
- Sudeste e centro das Bahamas
- Ilhas Turks e Caicos
- Cuba, onde quatro províncias já estão em estado de emergência
Empresas evacuaram funcionários, e a Marinha dos Estados Unidos retirou o pessoal não essencial da base de Guantánamo.
O furacão já causou três mortes no Haiti e uma na República Dominicana, e deve alcançar as Bahamas e Bermudas até o fim da semana.
Proteção como estratégia de resiliência
Eventos extremos como o furacão Melissa mostram que a natureza dos riscos mudou.
Hoje, as perdas humanas e materiais são agravadas pela ausência de preparo financeiro.
Seguros contra catástrofes - antes vistos como produtos distantes - tornam-se instrumentos de sobrevivência econômica e social.
A proteção securitária não evita o desastre, mas mitiga seus efeitos, garantindo que famílias, empresas e governos tenham recursos para se reerguer.
Em um planeta cada vez mais vulnerável, resiliência e seguro caminham juntos - e investir em ambos é investir no futuro.
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