21/09/2023 Mercado

Mudanças climáticas: seguro contra desastres naturais

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e as principais seguradoras do Brasil se encontraram com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para apresentar uma proposta de substitutivo para o Projeto de Lei 1.410.

O novo Projeto de Lei tem como objetivo oferecer a todas as regiões do Brasil a possibilidade de ter um seguro social em caso de desastres naturais, como chuvas fortes, inundações e deslizamentos de terra.

Isso significa que as pessoas teriam direito a receber dinheiro para cobrir os danos causados por esses eventos e para ajudar com os custos de funerais, se necessário. Essa ajuda seria disponibilizada quando esses eventos naturais fossem oficialmente reconhecidos como uma grande calamidade pelo governo estadual.


Obrigatório e estratégico

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, ressalta que a proposta pretender impactar todas as camadas sociais do País. Por isso, mesmo sendo obrigatório, a proposta de preço para tal produto, estimado pelo setor, pode variar entre R$ 2 e R$ 5 mensais, valor que poderia ser descontado diretamente na conta de energia elétrica.

A indenização prevista seria de R$ 15 a R$ 20 mil por residência e transferida via PIX de maneira automática para o segurado, mesmo que o segurado esteja inadimplente. 

O recurso garantiria necessidades emergenciais, como fogão, colchão, produtos de limpeza, alimentos, água e outros itens, conforme necessidade de cada família, explica Dyogo.

“A indústria seguradora brasileira tem potencializado seus esforços para desenvolver produtos e soluções levem mais conforto e dignidade às vítimas e seus familiares. Por isso, reunimos grandes seguradoras e nos unimos em debate com o governador Eduardo Leite que, infelizmente, teve uma experiência recente com impacto climático e pode compartilhar desafios, aprendizados e, claro estratégias para mitigar tais danos no presente e futuro”, explica Oliveira.

Incentivo à adesão

Uma das missões da CNseg é justamente ampliar a adesão aos seguros pelos brasileiros, tendo em vista que, quanto mais pessoas adquirirem os produtos deste mercado, mais acessíveis serão e, eventualmente, maiores serão as indenizações.

Os contratos firmados com as seguradoras ficariam sob responsabilidade das concessionárias de energia elétrica e do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que caberá a fiscalização e regulamentação da modalidade de seguro.

“O setor de seguros tem dado contribuição importante em outras áreas. Apenas no Rio Grande do Sul, por exemplo, o setor segurador pagou cerca de R$ 6 bilhões em indenizações em 2022. Contamos com o apoio do governador Eduardo Leite tanto na discussão das necessidades quanto na articulação política para que, nosso projeto seja publicado o mais breve possível e, a partir dessa data, em doze meses, a população possa ter esse suporte”, conclui o presidente da CNEs.   

  • Sobre o Projeto de Lei 1.410
    . Cria um seguro obrigatório para proteger os residentes de áreas urbanas e rurais em todo o país contra danos causados por inundações, alagamentos e desmoronamentos relacionados a chuvas
    . O seguro seria pago mensalmente nas contas de energia elétrica
    . Seria regulamentado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados
    Em caso de eventos naturais relacionados a chuvas reconhecidos como calamidade pública, forneceria indenização emergencial e auxílio funeral para as vítimas

 

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