Seguro ambiental: no primeiro semestre de 2023, crescimento de 372% no Amazonas

No primeiro semestre, o seguro voltado para riscos ambientais na região da Amazônia apresentou um impressionante crescimento de 372% em comparação com o mesmo período de 2022, gerando uma arrecadação de R$ 1 milhão.

De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), as empresas localizadas no Amazonas agora contribuem com 43% do total arrecadado por esse tipo de seguro na Região Norte do país.

Nos EUA e na Europa, instrumento de proteção social

Fábio Barreto, presidente da comissão de Responsabilidade Civil da FenSeg, explica que, nos Estados Unidos e na Europa, o seguro de risco ambiental é amplamente reconhecido como um instrumento de proteção social. É visto como um investimento que as empresas devem fazer em benefício da coletividade.

“No Brasil, para a maioria, a apólice ainda é vista como um custo a mais para a operação”, comenta Barreto.

Questão regulatória: caminho para a transição no Brasil

O enfoque regulatório representaria um passo importante na transição do Brasil para uma abordagem mais abrangente em relação aos riscos ambientais.

Fábio Barreto destaca o exemplo do México, onde a agência reguladora do setor energético tornou obrigatória a contratação de seguro de Riscos Ambientais para as empresas atuantes no segmento de hidrocarbonetos.

Isso inclui todas as empresas envolvidas no transporte, armazenamento, distribuição, compressão, descompressão, liquefação, regaseificação e venda ao público de hidrocarbonetos ou produtos petrolíferos, como os postos de combustíveis.

“As questões de ESG estão avançando nas empresas, e as seguradoras podem contribuir, na medida que concedem as garantias às empresas, seja revisando o gerenciamento dos riscos ambientais e questões de governança, seja endossando as práticas ambientais implementadas”, explica Barreto.

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